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terça-feira, 19 de junho de 2012

Honestidade – Passe a diante


No último domingo, uma reportagem exibida pelo fantástico mostrava como concursos públicos são forjados para que o candidato aprovado seja o indicado pela própria administração. Na verdade, sabemos que a reportagem apenas abriu uma ferida a muito existente no cenário politico brasileiro, casos como estes há de monte, é bem provável que você já tenha ouvido falar de algum.
Na verdade a reportagem não me chamou tanto a atenção assim a ponto de voltar a escrever no meu tão esquecido blog, o que me chamou a atenção a esse ponto foi de ver uma usuária do facebook abrir um status em um grupo denominado “Motuca Imaginária” dizendo:

“Que atire a primeira pedra quem não aceitaria um emprego publico conseguido através de um concurso forjado!”.

Levando a entender que ela acredita ser normal uma pessoa aceitar tal fato, afinal de contas ela usou um dizer de Jesus, que quando disse a todos “Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra”, quando Jesus usou estas palavras, ele sabia que ninguém está livre do pecado, e talvez ele tivesse razão, afinal de conta somos seres imperfeitos.
Mas será que todo mundo aceitaria mesmo um emprego publico conseguido através de um concurso forjado? Eu prefiro acreditar que não, eu ainda acredito na honestidade, e mais, acredito que pessoas honestas ainda existem, e aos montes, o problema é que as desonestas acabam ganhando bem mais destaques.
A usuária em questão tenta com seus argumentos retirar a culpa de quem aceita o cargo, como se de fato o único mau caráter na história é quem ofereceu a possibilidade do acesso ilícito, e não quem aceitou.
Honestidade é honestidade em qualquer lugar, e qualquer pessoa beneficiada pela desonestidade é desonesta por consequência, afinal de conta, se levarmos isso para uma esfera maior, seria culpado de um assassinato apenas quem mandou matar, ou também seria culpado o executor do crime? Estaria o assassino isento de culpa se usasse como justificativa o fato de passar por necessidades financeiras?
As pessoas acabam se acostumando pelo caminho mais fácil, e acreditam mesmo que só existe ele, pessoas assim acreditam que aqueles que batalham a vida para conseguir alguma coisa honestamente não passam de um bando de trouxas, visto que a maioria se beneficia de atos desonestos.
Sabe, se não podemos fazer outras pessoas, pessoas melhores, porque não fazer de nós, pessoas melhores. Aceitar a desonestidade é fazer parte dela.

Deixo abaixo um vídeo interessante da Fundação Para Um Vida Melhor!


 

2 comentários:

  1. Boa tarde Analder. Pabaréns pela bela reflexão. Meu nome é Jairo Falvo, sou jornalista em Motuca, tenho um jornal chamado Cenário. Assim como você, fico triste com o grau de individualismo existente na sociedade. Acredito na educação contínua (na escola, na arte, em jornais, na internet...) como forma de, a longo prazo, minimizarmos esta triste realidade.

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  2. Jairo assim como você, também acredito que a educação é continua, e que todos tem seu grau de responsabilidade na educação de uma criança, assim como você disse, a arte, os jornais e a internet é um espaço de educação, e mais ainda, para construção de caráter, e por isso, todos, mas principalmente nós formadores de opinião, temos que ter cuidado com o que postamos, eu sou professor, e tenho noção que minhas ações fora da sala de aula também influenciam na formação de meus alunos.
    Obrigado pela visita!

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