No último domingo, uma reportagem exibida pelo fantástico
mostrava como concursos públicos são forjados para que o candidato aprovado
seja o indicado pela própria administração. Na verdade, sabemos que a
reportagem apenas abriu uma ferida a muito existente no cenário politico
brasileiro, casos como estes há de monte, é bem provável que você já tenha
ouvido falar de algum.
Na verdade a reportagem não me chamou tanto a atenção assim
a ponto de voltar a escrever no meu tão esquecido blog, o que me chamou a
atenção a esse ponto foi de ver uma usuária do facebook abrir um status em um
grupo denominado “Motuca Imaginária” dizendo:
“Que atire a primeira pedra quem não aceitaria um emprego
publico conseguido através de um concurso forjado!”.
Levando a entender que ela acredita ser normal uma pessoa
aceitar tal fato, afinal de contas ela usou um dizer de Jesus, que quando disse
a todos “Aquele que não tiver pecado que atire a primeira pedra”, quando Jesus
usou estas palavras, ele sabia que ninguém está livre do pecado, e talvez ele tivesse
razão, afinal de conta somos seres imperfeitos.
Mas será que todo mundo aceitaria mesmo um emprego publico
conseguido através de um concurso forjado? Eu prefiro acreditar que não, eu
ainda acredito na honestidade, e mais, acredito que pessoas honestas ainda
existem, e aos montes, o problema é que as desonestas acabam ganhando bem mais
destaques.
A usuária em questão tenta com seus argumentos retirar a
culpa de quem aceita o cargo, como se de fato o único mau caráter na história é
quem ofereceu a possibilidade do acesso ilícito, e não quem aceitou.
Honestidade é honestidade em qualquer lugar, e qualquer
pessoa beneficiada pela desonestidade é desonesta por consequência, afinal de
conta, se levarmos isso para uma esfera maior, seria culpado de um assassinato
apenas quem mandou matar, ou também seria culpado o executor do crime? Estaria o
assassino isento de culpa se usasse como justificativa o fato de passar por
necessidades financeiras?
As pessoas acabam se acostumando pelo caminho mais fácil, e
acreditam mesmo que só existe ele, pessoas assim acreditam que aqueles que
batalham a vida para conseguir alguma coisa honestamente não passam de um bando
de trouxas, visto que a maioria se beneficia de atos desonestos.
Sabe, se não podemos fazer outras pessoas, pessoas melhores,
porque não fazer de nós, pessoas melhores. Aceitar a desonestidade é fazer
parte dela.
Deixo abaixo um vídeo interessante da Fundação Para Um Vida
Melhor!
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Boa tarde Analder. Pabaréns pela bela reflexão. Meu nome é Jairo Falvo, sou jornalista em Motuca, tenho um jornal chamado Cenário. Assim como você, fico triste com o grau de individualismo existente na sociedade. Acredito na educação contínua (na escola, na arte, em jornais, na internet...) como forma de, a longo prazo, minimizarmos esta triste realidade.
ResponderExcluirJairo assim como você, também acredito que a educação é continua, e que todos tem seu grau de responsabilidade na educação de uma criança, assim como você disse, a arte, os jornais e a internet é um espaço de educação, e mais ainda, para construção de caráter, e por isso, todos, mas principalmente nós formadores de opinião, temos que ter cuidado com o que postamos, eu sou professor, e tenho noção que minhas ações fora da sala de aula também influenciam na formação de meus alunos.
ResponderExcluirObrigado pela visita!