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terça-feira, 1 de março de 2011

Bruna Surfistinha




O Cinema brasileiro está na onda de fazer biografias, ano passado tivemos Lula e Chico Xavier (não estou me esquecendo de Ayrton Senna não, é que este não é brasileiro), este ano o cinema brasileiro começa com uma nova biografia, Bruna Surfistinha, a história de uma garota classe média que decidiu ser prostituta e o fez com fervor.
Depois do sucesso do livro O Doce Veneno do Escorpião, nada mais lucrativo que fazer um filme contando a história desta prostituta que revolucionou o mercado...
Bruna que na verdade nasceu Raquel foi adotada por um casal de classe média, e viveu com a família até seus 17 anos, quando resolveu ganhar a vida, o filme trás um retrato do que é a vida de uma prostituta com todos os seus bônus e ônus.
Devo confessar que fui meio preconceituoso ao saber do lançamento do filme, nem sei bem porque, mas nem pretendia assistir o filme, achava que seria perda de tempo, talvez por achar que em nada acrescentaria tal história, mas fui convencido por uma amiga a ir assistir, e não me arrependi, o filme apesar de pesado em alguns momentos, é talvez um tanto quanto sensível em outros, por tentar mostrar a vida de alguém que escolheu este caminho. Em geral ouvimos histórias e mais histórias de quem entra na vida da prostituição por necessidade, e a história acaba por ganhar uma conotação dramática, já com Bruna Surfistinha foi diferente, ela escolheu este caminho não por necessidade (ou talvez se fizer uma análise mais afundo, sim), mas por vontade. A garota que tinha tudo (ou nada) na vida decidiu mudar de vida, e viver intensamente.Bruna ao contrario da maioria não queria encontrar um príncipe encantado que a tirasse da fossa, na verdade a fossa (neste caso a prostituição) era tudo o que ela buscava.
Não vou falar muito do filme, afinal quem tiver interesse deve ir assistir o filme, mas vá preparado para cenas fortes, não é o tipo de filme pra ir assistir com a família, mas acho que nem precisa ter dito isso.
Também vou evitar falar de moral e bons costumes, vamos nos ater apenas ao filme. Quanto a qualidade cinematográfica não dá pra dizer que foi dos melhores, acho que o Brasil ainda tem muito o que amadurecer, mas vem dando sinais de que isso vai acontecer, não se sabe quando, mas vai, mas devo confessar que o cinema brasileiro ainda não me entusiasma nesse quesito, mas o filme contou com um bom elenco pelo menos!


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