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terça-feira, 2 de novembro de 2010

O Dia de Finados - Falando Sobre a Mote


Na natureza há apenas matéria, energia, tempo, 
as leis físicas e o acaso - nenhuma força diretriz, 
nenhum propósito e nenhum objetivo
Paul S. Taylor

Hoje é dia dos mortos, ou finados para soar um pouco mais poético, finado vem do particípio de finar, dar fim, enfim, finar é morrer, e o que pensar da morte quando tudo o que queremos é viver?
Falar da morte pode ser chocante para uns, isso porque nos faz lembrar que um dia teremos a nossa, e o que é pior, nunca sabemos se este dia está próximo ou não. A morte amedronta a todos, e mesmo aqueles mais religiosos que pensam que a morte é a hora de encontrar com seu Deus, temem a morte, tentam não demonstrar, mas a temem. Quer saber de uma coisa? Eu, cago pra morte, ou pra ser mais poético, eu defeco de medo da morte.
Na verdade quando era mais novo (e isso não faz muito tempo) eu dizia a todos que não tinha medo da morte, nesta época eu ainda acreditava em Deus como a maioria das pessoas acreditam, portanto acreditava que em se morrendo, encontraria com Deus, hoje acredito que Deus está dentro de mim, logo se eu morrer, ele vai junto, e isso é assustador, muito assustador.
Não acreditar na existência poética de Deus tem seus lados negativos, morrer é sem dúvida o maior deles, não há um propósito, não há um depois, tudo o que somos deixa de existir, e antes que alguém me pergunte se não é melhor acreditar que existe um amanhã, eu respondo: Não! Prefiro acreditar naquilo que é mais lógico pra mim.
Pense bem, as pessoas passam a vida toda pensando na vida que vem depois, muitos deixam de viver, e muito tarde descobrem que a vida passou, e não foi vivida. Por isso eu prefiro viver a minha vida em plenitude hoje, embora respeite e admire aqueles que doam a sua vida por algo incerto. Tão incerta quanto a verdade deles, é a minha, e portanto não estou levantando polêmica sobre quem está certo ou errado, eu estou certo sob meu ponto de vista e você está certo sob o seu, que você vá viver sua vida no céu, e eu a minha na terra.
A morte assusta! Mesmo os mais corajosos tremulam diante dela, não há inimigo mais voraz e mais impiedoso que ela, ela leva a todos, do santo ao pecador, do crédulo ao ateu, do forte ao fraco, ela não faz diferença.
Morrer por vezes pode parecer poético, e o seria ainda mais se pudéssemos voltar para ver como mundo ficará depois de nós, mas pelo jeito somente o Filho de Deus pode fazer isso, e cá entre nós, tenho a impressão que ele não gostou muito do que viu, talvez por isso não concedeu esse direito a mais ninguém.
Hoje no dia que celebramos os mortos, podemos parar um pouco para refletir sobre aqueles que se foram, e hoje faz uma falta tremenda, eu teria poucos nomes para citar, na minha vida, a morte ainda não fez grandes estragos.
Bom, vamos seguir nossa vida então, não deixando nunca de lembrar daqueles que um dia passaram por aqui, e de um jeito ou de outro ocuparam seu espaço, deixando um imenso vazio quando partiram, ainda que não sabemos para onde partiram.
Você já foi no cemitério hoje? Eu não gosto de cemitérios físicos, mas farei uma visita pelo meu cemitério mental, onde guardo cada uma das pessoas que passaram pela minha vida, e hoje não está mais entre nós.


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